Para
começar, quero esclarecer que a agressividade é inerente ao ser humano e
fundamental para o desenvolvimento do indivíduo e da sociedade, tendo em nossa
vida, um papel importante. Sendo desde a infância uma forma de competir,
batalhar e garantir nosso espaço no mundo é um valor de sobrevivência para o
indivíduo. Portanto, o que devemos controlar são a violência e a agressão que
deprecia a convivência em sociedade.
O
convívio da criança com a violência é um fator que invade o processo natural.
As brigas entre os pais ou o descontrole dos mesmos no trânsito são exemplos,
pois os filhos se espelham no comportamento dos pais. Outro exemplo é a
escola, lugar em que as crianças entram em conflitos, seja pelo excesso de estímulos
competitivos ou por não haver estratégias pedagógicas de integração da
brincadeira com o conteúdo escolar.
A
agressividade também pode aparecer como uma reação a uma frustração, ou seja,
quando seus desejos não são atendidos de imediato. Outra questão é a indigência
da criança em testar as regras e os pais. A agressividade também pode ser uma
solicitação de ajuda e atenção. Então, nesses casos, é importante pensar sobre
o quanto de atenção e carinho estão oferecendo para essa criança. Quando ocorrem
modificações no cotidiano da criança, como perda na família, a chegada de um
irmãozinho, mudança de escola, entre outros, o comportamento agressivo também
pode aparecer, mas é temporário.
Se
o comportamento agressivo for persistente pode ser avaliado como transtorno de
conduta. Por isso, é preciso que pais e professores fiquem atentos aos
comportamentos freqüentes de agressividade. Nesse caso é necessário o
acompanhamento do Psicólogo para auxiliar os pais.
Seja
qual for o causa, a agressividade infantil está vinculada a dificuldade da
criança em se expressar. Porém, se as atitudes agressivas evoluem, podem
prejudicar o desenvolvimento natural da vida, pois hoje são crianças, mas
amanhã serão jovens e adultos.
É
importante dizer que a criança não nasce com a capacidade de controlar a
agressividade. Portanto compete aos pais e cuidadores ensiná-la. Assim que se
depararem com as primeiras manifestações de comportamento agressivo, é preciso
controlar e trabalhar adequadamente.
A
primeira atitude seria, no mesmo momento da agressão, dizer que aquele
comportamento não é correto. É necessário mostrar para criança que existe outra
forma de lidar com o que ela está sentindo, por exemplo, falar ao invés de
agredir. Para tanto, é importante que os pais mantenham a calma diante da
situação, explicar para criança as causas e conseqüências de sua atitude e
apontar as suas responsabilidades diante do fato. Porém se os pais perderem o
controle diante da situação, o ideal é que conversem posteriormente. Outra atitude
é a privação, se tirar algo que a criança goste muito, fará com que ela
compreenda que seus comportamentos inadequados levam a conseqüências negativas
para ela. Os pais também podem dizer à criança que a raiva que ela está
sentindo não é algo feio, mas que precisa ser controlada.
É
fundamental que os pais atuem nessa situação com uma mistura de carinho e
seriedade. A criança entende quando os limites lhe são apontados e a
tendência é que, aos poucos, ela adquira auto-controle. Além disso, é significante
que a criança possa brincar e que faça esportes, são alternativas para
descarregar sua agressividade.
Adelita Fátima de Almeida
Psicóloga Clínica
(11) 9 8289 4459
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Palavras-Chave: criança agressiva, agressividade infantil.